para
dois pontos numinosos 
para
um lance raro no dia escuro 
para
que o silêncio seja sua captura 
para
as suas noites despidas de ludo 
para
que peças de madeira feitas 
para
se abraçar em uníssono 
bastam
só dois dedos de amor no abismo 
e
se desvendam suas duas estrelas de anis 
alcança
de súbito o interior 
segue
adiante sem dons de ver 
para
à plebeia morte ser promovida 
se
mesmo as maestrias macias de segunda 
tem
a tara de pau de árvores genealógicas 
de
cujas copas os teus óleos se derramam 
vistos
desde o inaudível húmido solo 
encastelado
no sudoeste da hora 
a
cada gota ainda mais queda 
um
lençol encobria o céu em sonho a pino 
e
tão recorrente destino não há hoje em dia 

