TRANSATRAVESSADOS

14 de novembro de 2012

Soneto de Modernidade (Pastiche do de Fidelidade)



Em ludo ao meu leitor soarei barulhento,
Gritante e com tal apelo, para seu espanto
Que a esmo na sintaxe do pior esperanto
Nele se encaixe menos o meu fragmento.

Quero roê-lo como um cão sarnento
E se imperador hei de amarrotar seu manto
E ferir seu siso e derrubar seu santo
Para o meu gozar ou o meu experimento

E afim de que com tal alarde me censure
Quem cabe o recorte, deguste a que salive
Quem gabe essa versão, finde quem trama

Possa eu sobreviver como autor (que vive):
Que não boceja autoral, rosto que difama
Mas que verseja esquisito enquanto rasure. 



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