Como subo
impassível pelos rios na piracema,
Obediente ao sentido dessa direção aborrecida;
Obediente ao sentido dessa direção aborrecida;
Preocupa-me demasiado minha carga extrema.
Pelos rios nunca segui, ancorado nessa tal
vida,
E nem uma só vez me banhei naquele Poema
Do Mar, por abstemia mais forte que a bebida.
E se desejo alguma água da Terra, é a selvagem,
Cálida e clara vaga, sob a mais excitada
aurora,
Na qual arroja um aventureiro cheio de
coragem
O seu barco intrépido como um tubarão devora.
Mas, deveras, jamais
chorei! As albas são penosas.
Toda lua me é
muralha e todo sol uma carceragem;
O grave fastio me secou
com sobriedades tediosas.
Que minha quilha
empene! Que eu jaza à margem!
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