Há pedras para tudo. Há
pedras para a pedrada,
para o ludo, o castelo,
para a planta.
Concreção, cálculo, droga
e granizo.
Pedra que cinzelo e
ninguém levanta.
Reificação e vínculo ou
broca e aviso
que quieto marreta o
poeta concreto. Paraonde?
Gema rara, preciosa.
Signo, suponho.
Pedra montanhosa ou para o
tropeço.
Pedra de açoite que
fidedigno sonho: rocha chã,
desabrocha meios e mães
do avesso.
Como seios de noite, pães
de manhã.
Pedra do mundo! Ó pedra
de pedras,
atirada de lá de trás. O
que atingirás?
Pedras no caminho da minha leitura foram encontradas e caíram no peito com o som surdo e puro da magia da poesia!
ResponderExcluirParabéns!
Grato, Dulce. Dura a leitura?
ExcluirPenso que esta pedra atingirá ou pretende transcender a dureza do real.
ResponderExcluirMatéria extremamente difícil para um poeta, afinal, há pedras para tudo!
Belíssimo poema!
Agradeço muito, Mercia. Volte sempre.
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